terça-feira, 21 de junho de 2011

Justiça suspende concurso da prefeitura de Altamira

O Ministério Público Estadual moveu ação civil pública contra a prefeitura de Altamira que foi acatada pela Juíza da 4ª vara civil de Altamira, Cristina Collyer Damásio. Houve o pedido de cancelamento do concurso público marcado para o próximo domingo. A suspensão pegou todos de surpresa. Roney Dias acredita que o executivo municipal faltou com o respeito com os candidatos e declarou: “isso é injusto acontecer, agente tira de onde não tem pra manter cursinho e outros gastos e agora anulam. Porque só agora na última semana”. Roseane Pereira, que mora em Santarém afirmou que pagou caro nas passagens, está na casa de amigos e agora não sabe o que vai fazer. “esse povo não reconhece nosso esforço. Parece que somos sem direitos”. 

Desde terça, no portal da faculdade da Amazônia na internet uma nota tenta acalmar quem se inscreveu no concurso e esperava realizar as provas no próximo domingo, dia 19. Segundo a coordenação da instituição a prefeitura de Altamira informou que vai adotar as medidas judiciais cabíveis para a manutenção da data para aplicação da prova. A juíza da 4ª vara Cristina Collyer Damásio confirmou que a lista de irregularidades é vasta. Entre elas estão: Ausência de vagas para cargos comissionados como procurador do município; cinegrafista; repórter;
Número insuficiente de vagas para deficientes físicos, já que a quantidade ofertada não respeita a legislação brasileira. Outro problema é quanto ao peso nas pontuações. Em todos os cargos níveis médio fundamental completo e incompleto a maior pontuação está na prova de língua portuguesa e não na prova de conhecimentos específicos. No caso do cargo para agente de trânsito não há a cobrança do curriculum de legislação de trânsito. O edital até que liberou uma errata cobrando ao cargo de agente de trânsito carteira de habilitação, mas nada de conhecimentos específicos sobre a legislação de trânsito, principal ferramenta no trabalho dos futuros agentes do Demutran.

O que mais chamou a atenção da justiça foi a inexigibilidade, ou seja, ausência de licitação para a contratação da faculdade responsável pelo certame. A prefeitura de Altamira fundamentou que não era necessária a licitação por ser inviável a competição, alegação discordada pela Juíza que afirmou que existem centenas de faculdades aptas a participar. Neste caso, a faculdade da Amazônia não poderia ser a contratada direta como foi.

De acordo com o ministério público estadual a prefeitura de Altamira a partir de agora 60 dias para se reorganizar. Nos próximos 30 dias deverá ser realizado um novo processo licitatório para a escolha da instituição que realizará o concurso público. Escolhida a faculdade, serão dados mais 30 dias para confeccionar um novo edital que só será liberado após prévia avaliação da justiça. Aí então finalmente após tudo estar dentro das regras estabelecidas pela justiça o concurso pode acontecer.

Resposta da prefeitura

Em resposta a ação movida pelo ministério público estadual que cancela o concurso público de Altamira, o procurador do município, Fernando Marin da silva se defendeu, afirmando que a prefeitura já entrou com um recurso junto ao tribunal de contas do estado. De acordo com ele tudo que foi solicitado foi cumprido pelo executivo, e que apesar da decisão judicial divulgada na terça-feira, todos continuam confiantes que as provas serão aplicadas no próximo domingo.

Fernando também explicou sobre as declarações da promotoria sobre os cargos DAS, os famosos cargos de confiança na prefeitura. Par ele essa não foi uma atitude incorreta do MPF, já que em todas as esferas de governo existem tais cargos. Declarou ainda que onde a prefeita decidir lotar estes cargos estas pessoas irão exercer as funções a que foram designadas.

Quanto ao cargo de agente de trânsito o procurador deixou claro que o exigido, a carteira de habilitação AB está no edital. Em relação a matéria de legislação foi dito que o importante é o candidato ter a CNH.

Quanto aos candidatos que se sentirem lesados, o procurador foi taxativo em dizer que cada um busque na justiça o ressarcimento dos valores perdidos. A prefeitura já disse que não vai devolver o dinheiro, só mediante determinação da justiça.


Protesto em Anapú. Estudantes fecham rodovia

Há mais de oito dias, alunos da rede estadual de ensino de Anapú vêm realizando protestos pacíficos pelas as ruas da cidade. Sem respostas das autoridades do Estado resolveram tomar uma atitude mais radical. Bloquearam a rodovia transamazônica durante toda esta segunda-feira

Na cabeceira da ponte que dá acesso a cidade foi colocada uma enorme tora de madeira que impediu o tráfego na transamazônica. Cerca de 100 estudantes de duas escolas estaduais iniciaram a manifestação às 6 da manhã. Uma enorme fila de caminhões e ônibus se formou. Aproximadamente 3 km de congestionamento ao longo da estrada.  
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Maria Jose Santana, e da escola Santa Clara reivindicavam educação de qualidade, professores, infra-estrutura nas escolas que segundo eles estão precárias e vigias. Os estudantes também denunciaram que disciplinas, como língua portuguesa, educação física e informática os alunos não viram desde o início do ano letivo. Segundo ainda os alunos falta pessoal de apoio, como serventes, agentes administrativos e técnicos em educação.
A policia rodoviária federal teve que intervir durante o manifesto por causa da revolta de motoristas que tentavam passar pelo bloqueio. A policia militar também foi acionada par manter a ordem.
Os alunos exigiam a presença de um representante de educação do estado. Para lá foi enviado o secretário adjunto de logística da regional SEDUC. Ele chegou no final da tarde para tentar uma negociação com os manifestantes.  Em uma conversa, José Croelhas adiantou que todas as solicitações encaminhadas em tempo rápido para a SEDUC. Outras reivindicações foram agendadas e prazos foram dados. Pais de alunos e até alguns motoristas apoiavam os estudantes.
Não houve detenção e a manifestação foi pacifica. Depois de uma negociação com o representante do estado, os alunos liberaram a rodovia às 17 horas.





Dívida resulta em homicídio em Brasil Novo.

Allan Kardek Sousa Mota, 28 anos, a vítima, foi morto com 14 facadas e sem defesa dentro da residência de uma vizinha no bairro vitória régia onde morava com a mulher em Brasil Novo.  A causa teria sido uma dívida. Alan era vendedor ambulante e teria cobrado a última prestação   antecipada referente a venda de um objeto. Alan ainda teria feito ameaças ao seu credor e acusado do crime Lindonel Silva Lisboa. Pelo menos era Isso que constava no boletim de ocorrência feito na segunda-feira na delegacia Brasil Novo pelo acusado.

Os testemunhais de acordo com Lindonel. “você não vai me pagar é? Vou encher tua boca de bala”. “você não me conhece”dizia Alan. A polícia civil intimou Alan por três vezes a comparecer na depol mas ele não foi. Alan Kardeck já tinha passagens pela polícia e morava em Brasil Novo há mais ou menos dois meses.

Por volta das 19 horas de terça-feira Lindonel, cansado de esperar para resolver o problema com Alan na delegacia, esperou sua vítima na esquina da casa. Quando Alan e a mulher chegaram ele foi até o casal. Perguntou porque Alan não tinha comparecido na polícia. Alan respondeu que não tinha nada para falar com ele, e que já tinha conseguido um advogado para resolver o caso. Foi quando Lindonel tirou afaça da cintura e deu o primeiro golpe.Alan ainda correu na tentativa de fugir do autor, foi parar dentro da residência de uma vizinha, onde levou mais 13 facadas pelo corpo. Ainda assustada a dona da casa contou que tudo foi muito rápido e que ficou se reação diante da barbárie.

O sangue ficou espalhado no chão, na cerca e nas paredes da casa. Tamanha foi a violência que a faca utilizada no crime quebrou. Populares se aglomeram ontem a noite para ver de perto o que tinha acontecido. O Instituto de criminalística esteve no local e fez os procedimentos de campo.

Edson Ferreira Investigador da Polícia Civil, afirmou que o crime foi premeditado por Lindonel, que fugiu logo depois. Buscas foram feitas mais até o fechamento dessa edição a polícia militar não tinha localizado o rapaz.






Alan caiu morto dentro da casa da vizinha

Sindicato regional de enfermagem denuncia casos de assedio moral.

Só este ano 26 profissionais de enfermagem já disseram ter sido vitimas de assedio moral em Altamira. Todos procuraram a delegacia regional de enfermagem para denunciar. 20 desses profissionais já foram demitidos. A maioria das denuncias vem de enfermeiros que trabalhavam no Hospital Regional da Transamazônica, HRT. Venilde Bezerra técnica de enfermagem foi uma das vítimas e estava indignada. “trabalhei três anos no hospital regional. Era muito abuso que eu não consegui mais trabalhar. Pedi demissão. Todo dia eu era humilhada. E tem muita gente lá dentro que tem medo de denunciar” disse. Venilde reforçou ainda dizendo que sempre o trabalho era exaustivo e que quando ia reclamar, era sempre respondida com muita ignorância por parte da chefia de enfermagem. “enfermeiro lá(Hospital Regional) é tratado como no tempo da ditadura.  Agente nunca tem razão” afirmou.
O assédio moral é comparado a um doença chamada de DORT, Doença Ort Muscular relacionada ao Trabalho, que causa dores insuportáveis fazendo que em algumas vezes o empregado fica incapacitado para trabalhar, mas as pessoas que o cercam não conseguem perceber o problema de início. O assédio moral é caracterizado por qualquer conduta abusiva, ofensiva ou degradante direcionada da chefia do empregador ao empregado. Normalmente acontece que a pessoa assediada moralmente se sente isolada do grupo de trabalho, ou mesmo rejeitada porque os próprios colegas se negam a defendê-la. O que acaba fazendo que o indivíduo diminua a produção, cometendo erros o que resulta em sua demissão, na maioria das vezes impulsionada propositalmente pelo próprio empregador. O problema tem resultados negativos no atendimento aos clientes do serviço de saúde. Os usuários acabam pagando por um crime cometido internamente em uma unidade de saúde. Além de ser crime, o assedio moral também pode causar traumas, ou depressão a vitima.
Na manhã desta segunda-feira os enfermeiros se reuniram no sindicato da categoria para discutirem sobre o problema que vem preocupando a classe. Um problema que segundo eles tem se tornado comum nos hospitais do município. De acordo com os profissionais nos últimos dias o número de trabalhadores que vem sofrendo assedio moral tem aumentado. A denuncia de início partiu de profissionais que trabalhavam no hospital regional e foram demitidos sem justificativas.
O presidente do SINDHOSP, Sindicato dos Hospitais, Deuciones Pinheiro disse que o assédio já vinha sendo combatido ao longo dos últimos anos e com números diminuídos, mas que agora a preocupação retorna as enfermarias.

Algumas estratégias utilizadas pelos agressores

·         Escolher a vítima e isola-la do grupo.
·         Impedir uma pessoa de se expressar e não explicar o porquê.
·         Fragilizar, ridicularizar, e menosprezar o funcionário em frente aos colegas
·         Desestabilizar a pessoa emocional e profissionalmente.
O Coren, Conselho Regional de Enfermagem com sua representação em Altamira disse que vai tomar todas as medidas necessárias para coibir essa prática nos hospitais da região. Uma sede própria está sendo providenciada para atender melhor seus associados garantiu Lajerson Costa. “será um espaço para qualquer atendimento aos profissionais e maior acesso a esse tipo de denuncia”.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com a direção do hospital regional da Transamazônica para falar sobre as denuncias, mas até o fechamento dessa edição não tivemos retorno.
                                           

Plantação de maconha em anapu movimentou polícias militar e civil

Valdima Lima "eu não sabia que era maconha"
Cerca de 10 mil pés de maconha. Toda a droga seria para o consumo próprio do “produtor rural”. Pelo menos foi a alegação do acusado quando foi preso na operação que envolveu as polícia civil e militar do município de Anapú que fica há 140 quilômetros de Altamira no oeste do Estado. Os policiais só chegaram na plantação porque houve denuncia anônima. Os milhares de pés de maconha estavam em um travessão conhecido como 3 barracas, a 30 km da sede do município. Um casal foi encontrado no sítio e foram presos em flagrante e transferidos para a superintendência regional em Altamira. Para o delegado Melquisedeque Ribeiro que comandou a operação a denuncia de um morador das redondezas foi a grande chave que fez com que chegassem no local e tivessem êxito na prisão dos acusados.
 Valdina lima dias, de 22 anos, e o marido Wilson Magalhães de 39, estavam em casa no momento em que foi deflagrada a operação da polícia. Valdina disse que a plantação era apenas para o consumo do parceiro, que e usuário da droga. Parte da maconha já foi destruída em Anapú.  A outra parte que foi transportada para Altamira foi levada para pericia no IML, e ainda esta semana também será incinerada.
O casal foi enquadrado no crime de trafico de drogas. Se forem condenados poderão pegar uma pena de 5 a 15 anos de prisão. A polícia também vai investigar se existe participação de mais pessoas.