quarta-feira, 25 de maio de 2011

Familiares de internos do centro de recuperação de Altamira realizam manifesto e pedem audiência

A manifestação aconteceu em frente ao fórum da cidade na manhã desta terça-feira. Famílias de detentos que estão no Centro de Recuperação de Altamira dizem estar cansados de correr para a justiça em busca de solução para alguns processos. Todos pediram mais respeito para os internos e dizem estar preocupados com as freqüentes rebeliões que ocorrem

Juíz sai do gabinete e fala com manifestantes
Entre as reivindicações dos familiares está a visita de representantes do CN, conselho nacional de justiça que em 2010 visitou Altamira e apontou durante as vistoria dezenas de irregularidades. Entre elas a superlotação. Atualmente o presídio possui mais de presos e sua capacidade é para 156.

O primo de Dayse cumpre pena há 2 anos e segundo ela todos na família temem pela vida do parente, isso por causa das rebeliões e tentativas de fuga. “eu sei que ele tem de pagar pelo que cometeu, mas ele também tem direito e deve ser respeitado”, disse.

Maria de Jesus conta que vive entre o presídio e o fórum de Altamira há dois anos.  O filho dela foi condenado há mais de 6 anos de reclusão, e agora o que ela tenta é a redução da pena ou a inclusão do jovem no semi-aberto. “agente fez essa manifestação porque estamos cansados de buscar a justiça e não ter resposta. Pelo menos assim agente consegue chamar a atenção das autoridades”.

Quando soube do manifesto o juiz da 3ª vara, Márcio Bittencourt, foi até a rua falar com os familiares. Atuando como interlocutor entre o juiz da 5ª vara, e os familiares dos internos o juiz prometeu ouvir todos os casos e analisar cada um deles. Segundo Bittencourt uma das alternativas para resolver o problema seria a criação de vara de execuções penais. Só nos primeiros 4 meses desse ano já foram registradas 2 tentativas de fuga no centro de recuperação com a escavação de túneis descobertos pela polícia e um rebelião na carceragem da susipe na delegacia.

Apesar de o incidente não registrar nenhum ferido resultou em vários prejuízos materiais para a superintendência do sistema carcerário. Fato que causa ainda mais preocupação por parte dos familiares.


Karina Pinto

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