sábado, 16 de julho de 2011

Governador Simão Jatene Inaugura máquinas de hemodiálise

Para a aposentada Maria Olinda Pereira, 65 anos, agora tudo vai ser diferente. Ela que lembra o sacrifício para fazer o tratamento, antes realizado em Belém, não escondia a felicidade pela conquista de quase 8 anos. “agora tá tudo chique graças a Deus” afirmou ela em tom bem humorado. Seu Manoel com 77 anos de vida, e há mais de 15 fazendo hemodiálise disse que é um sonho não ter que dividir mais horários com outros pacientes. “vou ter uma máquina só minha pra cumprir o horário sozinho”.

Antes eram apenas 7 máquinas que atendiam 42 pacientes no HRT. Agora inaugurada mais 12 o número sobe para 19 e com muito mais qualidade para médicos e doentes renais crônicos. Mário Franco Neto, diretor técnico do HRT afirmou que as novas máquinas vão proporcionar o atendimento para 105 pacientes de forma tranqüila e sem tumultos com os horários.

A inauguração das máquinas foi feita em razão da visita do governador Simão Jatene na última sexta-feira em Altamira. O chefe do executivo estadual desembarcou no aeroporto local por volta das 13 horas. Foi recepcionado por centenas de pessoas simpatizantes, correligionários, além de políticos. Em carreata que seguiu pelas principais ruas do centro de Altamira a comitiva foi para um almoço que reuniu cerca de mil pessoas. Uma reunião de portas fechadas com líderes partidários e prefeitos da região também aconteceu.

Na inauguração o diretor geral do Hospital Regional da Transamazônica, Rogério Kuntz fez questão de falar sobre a importância dos equipamentos para a região. Ele fez questão de destacar que muito mais que compromisso de campanha, havia uma demanda que precisava ser preenchida, uma necessidade urgente.

Arlene Pereira da Silva, com apenas 14 anos de idade é a paciente mais nova no tratamento de hemodiálise em Altamira. Para ela as máquinas são importantes porque ela espera ter um futuro com mais saúde.
A hemodiálise é um tratamento que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue com um rim artificial. É o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a uréia. A hemodiálise é uma terapia de substituição renal realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) , um grande número de pessoas sofre de doenças renais. Algumas apresentam doenças como diabetes e pressão alta que, senão tratadas corretamente podem ocasionar à falência total do funcionamento renal. Existem outras que quando são diagnosticadas já estão com os rins totalmente debilitados, ocorrendo neste caso o encaminhamento do paciente para a diálise. Na maioria dos casos, este tratamento acaba sendo feito para o resto da vida, caso não haja a possibilidade de se fazer o transplante.
Em todo o mundo, 500 milhões de pessoas sofrem de problemas renais e 1,5 milhão delas estão em diálise. As estatísticas revelam também que uma em cada dez pessoas no mundo sofre de doença renal crônica. De acordo com os dados, pacientes com esse tipo de doença têm 10 vezes mais riscos de morte prematura por doenças cardiovasculares. A estimativa é de que 12 milhões de pessoas no mundo morrem por ano de doenças cardiovasculares relacionadas a problemas renais crônicos.
Mais de 80% dos pacientes que fazem diálise, segundo informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia, estão nos países desenvolvidos. Na Índia e Paquistão, por exemplo, menos de 10% das pessoas que precisam recebem algum tipo de terapia e na África quase não há acesso ao tratamento e as pessoas acabam morrendo.
O crescente número de doentes renais no Brasil já o tornou o terceiro maior mercado de hemodiálise do mundo. No Brasil a doença atinge 2 milhões de pessoas, sendo que 60% não sabem . Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2005, foram 32.329 novos pacientes. A taxa de aumento de 2005 para 2006 foi estimada em 8,8%. Segundo as informações, dos 120 mil brasileiros que precisam fazer hemodiálise, apenas 70 mil estão em tratamento. Em janeiro de 2006 o número de pacientes chegou a 70.872. O número de óbitos em 2005 foi de 12.528, sendo a taxa de mortalidade de 13%.
No Brasil, 98,2% dos centros de tratamento dialítico possuem convênio com o SUS; 89,9% dos pacientes são reembolsados pelo SUS e, 12,1% dos pacientes possuem outros convênios. Os números apontam ainda que 47% dos pacientes em diálise estão na fila do transplante renal e 25% dos pacientes em tratamento, são diabéticos. Estima-se que em 2010 o número de pessoas em diálise no Brasil seja de 125 mil. (fonte Wikipédia)






Nenhum comentário:

Postar um comentário