sábado, 16 de julho de 2011

Prefeitos da transamazônica se reúnem com técnicos do IBAMA

Os prefeitos da região Transamazônica se reuniram com técnicos do IBAMA nesta quinta-feira em um encontro marcado por cobranças. Na sede do consórcio Belo Monte em Altamira a pauta era voltada para a agilidade nas condicionantes prometidas dentro do processo de construção da hidrelétrica de Belo Monte que será implantada no rio Xingu. De acordo com o presidente do consórcio Eraldo Pimenta, para o projeto não existe volta. E afirmou, ”o empreendimento já chegou. As máquinas já desembarcaram no porto de vitória do Xingu. As obras pode se dizer estão a todo vapor, e como estão os municípios?”
O PDRS, Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável, não anda a passos largos como outras ações, declarou Eraldo. Os prefeitos esperam as melhorias para os setores mais carentes como saúde, educação, infra-estrutura das cidades em torno da hidrelétrica, eletrificação rural bem como facilidade de acesso através das vicinais e da própria Rodovia Transamazônica, BR 230.
Eraldo teme pelo pior, e lembra que é preciso os municípios estarem preparados e prontos para o mega impacto populacional que vai chegar para a região. Na opinião dos prefeitos hoje ainda não existe nenhum município preparado para essa mudança radical. Os setores estão deficientes. Exemplo a saúde que hoje em sua média e alta complexidade tem o hospital regional que não mais atende a demanda. Eraldo declarou: “As prefeituras se arrastam para atender as necessidades atuais dos seus moradores, e não vai poder atender a massa que vem de fora”, ele que também é prefeito de Uruará disse temer que ocorram até mortes ao longo do processo.
Daqui para frente a região vai ver as obras de construção da barragem de Belo Monte sendo cada vez mais intensificadas e a grande preocupação de todos que fazem parte do consórcio que reúne 11 municípios, são as condicionantes que além de não estarem sendo cumpridas, as que estão em andamento se arrastam de forma muito lenta, é o que dizem os prefeitos. As compensações, ou mitigações não estão acompanhando o processo rápido do empreendimento, e os prefeitos cobraram do IBAMA mais fiscalização e agilidade no andamento das 40 condicionantes.
O prefeito de Senador José Porfírio, Cleto Alves, lembrou o IBAMA sobre o projeto para solucionar a situação do tabuleiro do embaúbal, local onde acontece no segundo semestre a desova e a procriação das tartarugas do Xingu. Já Edimir José, de Pacajá falou sobre a demora em licenciar a pavimentação da Rodovia Transamazônica, prejudicando o acesso de quem vive em outros municípios da região, de outras cidades do Estado e do Brasil chegar a Altamira, cidade pólo da Transamazônica.

Outra abordagem foi sobre a eletrificação rural que ainda não chegou a muitas comunidades o que dificulta que produtores sirvam a cidade com mais qualidade em seus produtos. A preocupação com o êxodo rural é uma verdade e para isso não acontecer é necessário dar condições para o pequeno e médio produtor.

Os técnicos do IBAMA, órgão responsável pela liberação da Licença de Instalação no mês de maio passado, ouviram as reivindicações e prometeram levar até a presidência do órgão em Brasília. Eles também destacaram que agora é o momento que vai ser iniciado o trabalho de monitoramento das condicionantes.

Os prefeitos deixaram claro que tudo que foi inserido e prometido nas condicionantes, tem o objetivo de desenvolver a região e não fazer voltar décadas no tempo.e que o apoio dado até agora poderá ser levado em frente, mas com um retorno satisfatório por parte dos governos e de suas ações na região em melhorias em favor do povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário