segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ninguém pode conter a nação Facebook

Mark Zuckerberg foi eleito o homem do ano da revista “Time’’, o Facebook chegou aos 550 milhões de usuários e o filme “A Rede Social’’, em cartaz no Brasil, é o favorito ao Globo de Ouro - mais do que nunca a prévia do Oscar.

Mais do que um avassalador “barba, cabelo e bigode’’, essas conquistas se complementam para alicerçar o plano de dominação global que Zuckerberg disparou há muitas madrugadas num dos dormitórios de Harvard.

O Facebook se tornou a maior rede de relacionamentos pela reunião de ótimas sacadas para fisgar usuários. “A Rede Social’’, apesar de traçar um retrato desprezível de Zuckerberg, detalha como elencou as ideias que construíram um endereço tão funcional, amigável e sedutor na internet.

Apesar de uma ou outra declaração contra sua representação na tela, Zuckerberg deve agradecer bastante ao diretor David Fincher.

O filme mostra a genialidade do criador e a força da criatura, tão impactante na vida das pessoas que o caráter no mínimo duvidoso do personagem acaba ficando em segundo plano.

Em uma cena, ele compara sua criação à moda. “As roupas mudam, desaparecem, mas a moda nunca vai acabar.’’ Em outro momento, Sean Parker, que destruiu a indústria do disco com o Napster, se une a Zuckerberg e dá um conselho ao sócio: nunca vender o Facebook. “Você não sabe que tamanho isso vai ter, como saber então o quanto pode valer?’’

A “nação Facebook’’ já é a terceira maior do mundo. Por enquanto. China e Índia dependem da disposição de seus casais para povoar territórios; o site precisa de poucos cliques no mouse para engrossar suas fileiras.

A condição de bilionário aos 26 anos de Zuckerberg perde importância. Mais do que os US$ 7 bilhões no banco, sua figura é associada à força política de uma ideia que foi comprada por meio bilhão de pessoas.

A capacidade de mobilização do Facebook ainda não foi testada. Seus usuários navegam em 75 idiomas, 24 bilhões de minutos por dia.

Difícil prever o resultado de uma convocação direta de Zuckerberg a seus seguidores espalhados pelo mundo. Isso sim é ter poder. (Diário do Pará com Folhapress)

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