segunda-feira, 18 de abril de 2011

Transamazônica. Os desafios de uma Rodovia esquecida

Enormes atoleiros, filas de caminhões e muita lama ao longo da rodovia federal BR 230, a Transamazônica. Nesta época é comum cenas como estas no trecho da estrada que liga o sul ao oeste do Pará. O problema é uma herança de mais de 40 anos. Desde que foi construída na década de 70 a rodovia federal nunca foi tratada pelos governos como prioridade. As deficiências na infraestrutura dificultam a trafegabilidade. Para se ter uma idéia na região entre Novo Repartimento e Pacajá, cerca de 140 quilômetros, caminhões estão levando até 7 dias para transpor os atoleiros. 
Trecho entre Novo Repartimento e Pacajá

Cargas perecíveis como frutas e verduras originadas do sul e sudeste do país, chegam aos supermercados de Altamira sem condições de serem consumidas. Outro grupo prejudicado são os passageiros que precisam do transporte de ônibus para chegar a capital ou cidades próximas. Na semana passada a única empresa cancelou a linha até o fim do período chuvoso ou se for feita a manutenção da via. Segundo o gerente da agência da Transbrasiliana em Altamira, Demivaldo Santos, é impossível colocar a nova frota de ônibus na estrada nesta época. “a empresa trocou a frota. É prejuízo colocar os carros nesta época. E quando chegar o verão que conforto os passageiros vão ter com ônibus desgastados”? disse. O gerente de supermercado, Fraldi Sousa conta que pelo menos 40% dos produtos que chegam tem que ser jogados fora por não apresentar condições de consumo. Os que sobram ficam com valor alterado, o que resulta na reclamação por parte do consumidor que paga mais caro pelo produto.

A rodovia Transamazônica começa no nordeste, em Cabedelo no Estado da Paraíba, e vai até Lábrea no Amazonas. São cerca de cinco mil quilômetros. Enquanto está no nordeste a BR 230 é asfaltada e alguns trechos com pista dupla, mas quando entra no Pará a rodovia se transforma em um imenso deserto. Parte da estrada na região de Altamira, Pacajá, Brasil Novo e Marabá já foi asfaltada mas nunca os trabalhos terminam o que acaba causando transtorno para quem precisa dela.




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