quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Movimentos populares contestam planos de ações para o Xingu

Preocupados com o crescimento e desenvolvimento regional os movimentos populares tem questionado a forma como alguns planos de ação tem sido praticados pelos governos, principalmente estadual e federal. Na visão de líderes desses de movimentos existem ações que não atendem por completo as necessidades das populações que serão impactadas pelo projeto de belo monte. Ao completar vinte anos de luta e conquistas na transamazônica uma série de eventos vai acontecer buscando uma temática de eixos programáticos.

Para João Batista Uchôa coordenador do outrora chamado Movimento pela Sobrevivência da Transamazônica, FVPP, afirma que é hora de chamar a atenção das autoridades para as questões necessárias da sociedade. São 20 anos de lutas e conquistas e esta data precisa ser lembrada. “agora chegou a hora de lutar por um desenvolvimento para todos. É hora de consolidar esta idéia” disse João.

Plenárias serão realizadas ao longo dos municípios da região buscando a qualificação de uma grande pauta regional. Na pauta a contemplação de melhorias para o agricultor, ribeirinho, indígenas, populações urbanas atingidas ou não pelos impactos ambientais da barragem de Belo Monte, entre outros.

João Batista "vamos nos unir"
Rodadas de negociações serão realizadas, porque resumindo, nem sempre o que é bom para os governos é prioridade para o povo. Quem sabe o que quer é que já vive no local há décadas e não tem o que realmente necessita. Como infraestrutura urbana e rural, moradia digna para quem vive atualmente em áreas alagadas da cidade, água, saneamento básico. Políticas sociais também estão na pauta como educação, saúde e segurança pública. Sempre olhando do lado de cá da sociedade que sabe suas prioridades. “existe uma insegurança da sociedade sobre várias ações que serão praticadas do consórcio construtor e é preciso uma resposta urgente”. Afirmou João Batista.

Nas reuniões institucionais do governo não tem sido apresentadas estratégias produtivas para a região. Com a tendência de aumentar a população, o consumo também vai aumentar e aí falta estruturação da secretaria de agricultura, falta consolidação dos processos produtivos a partir dos arranjos produtivos. É preciso fazer então um grande pacto com todos os governos e suas esferas, para que as ações sejam repercutidas nos municípios nos próximos cinco anos. “ou consolidamos as ações para toda a região ou estaremos fadados ao fracasso” afirmou João Batista.

A forma lenta como vem sendo praticadas estas ações também está sendo contestada por estes movimentos. O setor social poderá ficar muito mais abalado se não houver um redirecionamento nos prazos para as obras inseridas no PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, o que poderá gerar um enorme buraco negro nas expectativas para o mega empreendimento e um saldo negativo no desenvolvimento econômico tanto na zona rural como urbana da região Xingu.

Para discutir as problemáticas e cobrar dos governos pulso firme diante da situação, uma série de oficinas para qualificação de pauta será realizada durante os próximos dias para os municípios que integram a área de abrangência da barragem. Ao final tudo vai ser transformado em documento que será entregue aos governos estadual e federal que acreditam os organizadores possuem maior responsabilidade com a região. O documento vai contemplar ações de pequeno, médio e grande prazo dando maior segurança aos

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